Por Geraldo de Fraga
O remake de Evil Dead sempre me causou estranheza. Pra mim, todo o reconhecimento que o filme original tinha pelos fãs de horror se dava pelo fato de que ele se utilizava de efeitos toscos e altas doses de humor. Além do personagem principal, o canastrão Bruce Campbell.
A refilmagem de 2013 chega com efeitos especiais de primeira e tenta dar uma dramaticidade à história, com o lance do rehab da protagonista Mia. A seriedade da história poderia até funcionar bem, mas a avalanche de clichês que se vê na tela tira todo o “quê” de novidade. Por quê? Porque transforma Evil Dead em um filme de terror igual a vários e vários outros que surgem a cada dia. É mais um filme de jovens que vão passar um final de semana em uma cabana e algo de ruim acontece.
O filme tem cenas fortes, que até trazem alguma novidade do quesito “originalidade” de mortes, mas somente isso não é mérito para que a refilmagem mereça muito crédito. A história não se sustenta e você sempre sabe o que vai acontecer com os personagens e as reviravoltas também são previsíveis.
Até as referências à obra original deixam a desejar. Enfim, o Evil Dead de 2013 pode até arrecadar milhões de dólares nas bilheterias e dar origem a uma nova franquia (o que é mais do que provável que aconteça), mas não será lembrado como um clássico. Diferente do seu precursor.
*O autor agradece a Espaço Z pela oportunidade de ver o filme na sessão cabine de imprensa.
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